quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pedra e Cal

Sob uma muralha.
Está o meu desejo.
Pedra e Cal,
De um peso que ainda não se tem medida.

Concretude, rigidez,
Polidez, até.
Distâncias, distanciamentos.

Não, não há chance sequer.
Nem minha verve,
Nem minha plástica,
Não, não há chance sequer.

Sob a pedra e o cal,
Esconde-se minha segurança
De mulher íntegra,
De mulher livre,
De mulher experiente,
De mulher vivida.

Sob a pedra e o cal
Está uma arroba de anos:
O peso de uma geração,
O peso de alguns prazeres a mais.

Nunca, jamais darei o primeiro passo.
Fraca.
Sábia.
Bem mais sábia.

2 comentários:

Guilherme Canedo disse...

Puts amei sua poesia, Fan!

As coisas vão surgindo naturalmente, nos obrigando a ter responsabilidade... é o crescimento do ser humano! E você é grandiosa minha querida!

obrigado pelo seus comentários, fico sempre muito feliz de recebe-los de você, uma pessoas que entende do assunto!Rs

beijos

Cartas da Ilha de Nós disse...

E tudo que eu senti, é forte.

E tudo que eu sei, é que sou fraca...

Passo à passo, fortalecemo-nos.

Mexe o concreto, Mana!

Beijo