domingo, 29 de junho de 2008

Lá vem.

Já consigo avistar as nuvens chumbo no horizonte.
Em breve sentirei as primeiras gotas, ainda grossas e espaçadas, mas gotas, que molham.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mantra

Eu estou depois das tempestades.
Eu estou depois das tempestades.
Eu estou depois das tempestades.
Não, não sou a bonança. Sou aquilo que fica, aquilo que sobra, aquilo que resta. Aquilo que ainda está em suspenso, ar arfante, na espera de que o sol o acalme.
Eu estou ainda, depois de tudo o que passou. E sou.
Não mais aquela contra moinhos de vento.
Talvez aquela dentro do barco do velho. Aquela que encara a solidão e que ainda puxa o peixe pra dentro do barco.
Nenhum farol me cega mais.

Pernas, pra que te quero?

Vim caminhando desde longe. No trajeto, avistei um homem sobre muletas, avaliei a fraqueza de suas pernas e ponderei sobre os caminhos que escolheu para perder a potência delas. Passei por ele, que me falou uma indecência:
- Grhumrsc... peituda.
Cretino. Como ousa me fazer essa promessa vazia, como se tivesse pernas para me comer do jeito que meus peitos exigem que eu seja comida? Assuma que sou só o ingrediente de uma bela bronha.

interneteidades

Analisando paixões vividas por outros, percebi o quanto o msn é uma ferramenta de controle das nossas vidas pelos outros.
Eu sempre achei que o msn era um grande salão de festa, me sentia com vontade de cumprimentar todos que estivessem lá. Com o tempo, fui perdendo essa lisura e passei a falar com quem realmente queria ou responder aos mais próximos.
Mas, veja, se você está on, você fica disponível para falar com quem te procura. E, já que são grupos de pessoas que se relacionam virtualmente, se você não quer falar com um, não basta só bloqueá-lo. Você tem que bloquear o grupo todo para que aquele um não saiba de você. Muito chato. Muito orwelliano.
Nem falarei sobre o orkut. Esse não tenho mais. Credo. Nem perfil fake.

Um certo sentimento.

É algo que tem que ser sublimado. Mas, nestes tempos de poeira assentada, até que veio bem. Volto a pensar que o que a "peçonha" disse não se concretizará, somente pelo fato de ser mais uma picuinha, dessas que fazem parte de uma relação que será para a vida inteira. É, vida inteira. Até que uma de nós duas morra. E, vou deixar claro: não quero papo na próxima encarnação, viu?!

Para não secar

Estou aqui, na tentativa de continuar apaixonada, de buscar uma tempestadezinha para me achar novamente.
Eu estou depois das tempestades. Riobaldamente.
Ando vivendo um ócio sentimental. Sei lá.